A entrada do vereador Iran Barbosa (PSOL) no páreo pelo Senado, anunciada como prioridade eleitoral de seu partido, trouxe um novo ingrediente à corrida, mas também acendeu um alerta dentro da própria esquerda: a possibilidade de que, diante da fragmentação, o estado acabe elegendo apenas nomes da direita para as duas vagas disponíveis.
O avanço conservador tem sido cada vez mais evidente em Sergipe, e a disputa pelo Senado pode consolidar esse movimento.
Com Iran, já são nove pré-candidatos postos na disputa. A lista inclui figuras como Edvaldo Nogueira (PDT), Alessandro Vieira (MDB), Rogério Carvalho (PT), André Moura (UB), Rodrigo Valadares (UB), Eduardo Amorim (PL), Adailton Sousa (PL) e Luizão Dona Trump (UB).
Em meio a esse cenário, a esquerda vê crescer a dificuldade de unir forças em torno de um projeto comum, o que pode acabar favorecendo os direitistas.
Segundo analistas, o efeito prático de sua candidatura pode ser a pulverização de votos, justamente quando a direita aposta em candidaturas que dialogam tanto com a base bolsonarista mais fiel quanto com segmentos mais amplos do eleitorado.