A oposição em Sergipe parece cada vez mais distante de qualquer projeto unificado para 2026, e quem confirma isso, desta vez, é o próprio Adailton Sousa (PL), ex-prefeito de Itabaiana e aliado de Valmir de Francisquinho, segundo a Revista Realce.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 28, à Rio FM, Adailton escancarou o nível de desentendimento no grupo e reforçou que o bloco caminha totalmente desunido para o próximo pleito.
O principal ponto de tensão gira em torno da relação estremecida entre Valmir e o ex-senador Eduardo Amorim (PL), agravada por declarações recentes de Amorim sobre a eleição de 2022. O ex-senador atribuiu a Valmir a responsabilidade pela não indicação de Emília Corrêa (PL) como candidata ao Governo do Estado, sugerindo que a resistência partiu do pato.
“A fala de Eduardo foi inoportuna. Eu estava presente na reunião. Havia pesquisas que mostravam que Emília não tinha viabilidade para vencer no primeiro turno. A decisão de manter Valmir como candidato foi técnica, não pessoal”, rebateu Adailton.
O ex-prefeito também lamentou a postura de Emília Corrêa, que tem dado sinais de preferência por Eduardo Amorim e Rodrigo Valadares para o Senado, deixando seu nome de fora das articulações, mesmo sendo do mesmo partido e tendo colocado sua pré-candidatura à disposição do grupo. Em outras ocasiões, Adailton já havia criticado o comportamento centralizador da gestora da capital, acusando-a de tomar decisões monocráticas, sem diálogo com os aliados.