Trabalhadores da Renova, responsável pela coleta de resíduos sólidos em Aracaju, paralisaram novamente as atividades ontem, 3, deixando claro que a crise do lixo na capital está longe de ser solucionada. E, em meio ao caos, a prefeita Emília Corrêa (PL) admitiu nesta quarta-feira, 4, que a empresa contratada pela Prefeitura é, nas suas próprias palavras, “incompetente”.
“Não tinha e não tem a capacidade de atender o que foi colocado no contrato. E Aracaju é uma cidade que comporta toneladas e ela não conseguiu dar essa cobertura”, assumiu a prefeita, ao comentar sobre os constantes atrasos e falhas nos serviços da Renova.
A fala surpreendeu, mas também escancarou uma gestão marcada por decisões mal planejadas e improviso administrativo. A empresa foi contratada por meio de um processo emergencial conduzido pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), ainda nos primeiros meses da gestão Emília. Desde então, os problemas só se acumulam: atrasos na coleta, greve de funcionários por falta de pagamento e insatisfação generalizada dos moradores.
Agora, com a admissão pública da prefeita, fica o questionamento: quem será responsabilizado pela contratação de uma empresa que, segundo a própria gestora, nunca teve capacidade de atender Aracaju? E mais: qual a alternativa real para resolver a crise antes que a situação se torne insustentável?
Enquanto isso, a cidade segue tomada pelo lixo, e os aracajuanos seguem pagando o preço.