domingo, abril 20, 2025
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Realce traz análise perfeita sobre a corrida pelo Senado

A maratona começou

Corrida pelo Senado em Sergipe já tem sido intensa e acirrada, movimentando os bastidores para 2026

A menos de um ano e meio do próximo pleito, a pista já está sendo traçada em Sergipe e as lideranças políticas começaram a alongar os músculos — em busca de uma das duas cadeiras no Senado que estarão em disputa em 2026. A largada não foi oficial, mas os primeiros movimentos já indicam uma maratona intensa, onde cada passo pode custar a linha de chegada.

Nesse circuito, os bastidores estão fervendo, especialmente no grupo governista, que vê crescer a concorrência entre nomes de peso como André Moura (UB), Alessandro Vieira (MDB), Edvaldo Nogueira (PDT) e até mesmo os petistas Rogério Carvalho, que tem um cenário favorável para a reeleição, e Márcio Macedo, que deseja vencer as eleições internas do partido, o PED (Processo de Eleição Direta).

O governador Fábio Mitidieri (PSD), com um comportamento técnico e cauteloso, tem mantido a serenidade de um corredor experiente, afirmando que, antes de se falar em escolha de candidatos, é preciso resolver os descompassos deixados pelas eleições de 2024 — quando algumas feridas internas ainda não cicatrizaram dentro do seu próprio pelotão.

Enquanto isso, do lado conservador da pista, nomes da direita se aquecem na beira da raia em busca de apoio do governo. Conforme já destacado pela Realce, o senador governista Laércio Oliveira (PP) articulava a possível candidatura de Rodrigo Valadares (UB) dentro de uma federação entre PP e UB — proposta que, visando a lealdade a aliados, pode ser deixada de lado. O senador poderá direcionar suas energias para Edvaldo.

Outro corredor que volta à prova é o ex-senador Eduardo Amorim, cotado pelo PL para retornar ao Senado. Seu plano é impulsionado pela estrutura da Prefeitura de Aracaju, onde seu irmão, Edvan Amorim (PL), possui controle sobre cerca de 7 pastas, e pela tentativa de aproximação com Mitidieri — tentativa essa que poderá não avançar.

A possibilidade de Rodrigo e Eduardo correrem juntos pelo PL é considerada, nos bastidores, uma armadilha estratégica: a divisão dos votos conservadores. A situação é vista com preocupação por figuras nacionais como o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já alertou que, em 2026, deseja apenas um nome por estado na pista conservadora — evitando tropeços e sobreposição de trajetórias.

Além disso, há ainda o nome de Adailton Sousa (PL), que vem sendo preparado com o aval de Valmir de Francisquinho (PL), o que só aumenta o risco de colisão interna. Em um cenário de múltiplos candidatos à direita, André Moura pode sair beneficiado, assumindo uma estratégia de resistência e ritmo constante, intensificando suas articulações ao lado de Fábio Mitidieri e percorrendo o interior sergipano — como quem traça, cidade a cidade, o próprio mapa da vitória.

A lógica é simples: André, com perfil mais ao centro, pode não ser o favorito no “sprint final”, mas pode ser o nome a conquistar o “segundo voto” de grande parte do eleitorado — especialmente daqueles que escolhem um candidato pelo viés ideológico e o outro por influências no campo material, se é que você, caro leitor, me entende.

Diante desse cenário, a maratona pelo Senado já não é mais promessa de futuro: ela está em andamento. Com adversários experientes e estratégias complexas, o que está em jogo vai além da chegada. Cada passo dado agora pode definir quem cruza a linha — e quem fica pelo caminho.

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