Um possível recuo de Edvaldo Nogueira (PDT) da disputa ao Senado em 2026 voltou ao centro dos bastidores após nova análise da Revista Realce que apontou que, embora o ex-prefeito de Aracaju insista publicamente na pré-candidatura à Casa Alta, aliados próximos já discutem abertamente um plano B: disputar uma vaga de deputado federal.
A mudança teria como objetivo garantir presença no jogo eleitoral, diante das dificuldades que encontraria se disputasse ao Senado.
No entanto, segundo a Realce, uma derrota para a Casa Alta desgasta menos sua imagem do que uma eventual derrota para a Câmara Federal.
Nos cálculos do grupo pedetista, a candidatura majoritária, mesmo que não vitoriosa, tende a ser interpretada pelo eleitorado como um embate mais “digno” e simbólico. Já a derrota na disputa proporcional, com um número absoluto de votos exposto, poderia enfraquecer a narrativa de liderança estadual e impactar diretamente qualquer projeto futuro, especialmente numa capital como Aracaju, onde Edvaldo já governou por quatro mandatos.
Porém, caso permaneça na corrida para o Senado, Edvaldo enfrentará a dificuldade de não contar, ao menos até agora, com o apoio do governador Fábio Mitidieri (PSD), que ainda avalia seus nomes para a chapa majoritária.
A Realce aponta que, apesar do cenário ainda indefinido, Edvaldo segue com margem de crescimento, especialmente diante dos desgastes da atual gestão de Emília Corrêa (PL). Mas também corre risco: as CPIs em andamento na Câmara de Aracaju, que investigam supostas irregularidades na SMTT e no Natal Iluminado, podem respingar em sua imagem como fiador político da atual administração.