Os primeiros sete meses da gestão de Emília Corrêa (PL) têm sido marcados por constantes polêmicas, e uma delas é a falta de aplicação de recursos deixados pela antiga administração. Quem tem chamado atenção para essa questão é a vereadora de oposição Sonia Meire (PSOL), que questionou publicamente a lentidão da prefeitura em convocar os professores aprovados em concurso e a ausência de investimentos mínimos obrigatórios na área da Educação.
“Na educação, foi muito contrato terceirizado. Ela aumentou os contratos terceirizados para a contratação, por exemplo, de cuidadoras, de pessoas para cuidar de creche, pessoas com deficiência. Tá demorando muito de chamar os concursados, já era pra ter chamado, porque no segundo semestre nós vamos precisar de professores nas escolas, nas salas de aula e nas creches”, alertou a vereadora em recente entrevista.
Sonia também levantou questionamentos sobre a aplicação de recursos do Fundeb e do orçamento constitucional da educação. Segundo ela, Emília não teria cumprido a exigência legal de aplicar, no mínimo, 25% do orçamento municipal na área. “Tem um detalhe importante: por que a prefeita não aplicou os 25% da educação nos quatro primeiros bimestres? No primeiro bimestre, dois meses, ela aplicou 14% e no segundo ela aplicou 16%”, disse.
A vereadora afirma ainda que há um recurso de mais de R$ 4 milhões deixado pela gestão do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), que deveria ter sido utilizado até abril, e que poderia ter sido destinado à climatização das escolas da rede municipal. “Não foi feito, não tem projeto, e os recursos?”, questionou.
Nas redes sociais, Sonia ainda reforçou os questionamentos: “Tem pergunta que precisa ser respondida! Por que a prefeita não tem aplicado os 25% do orçamento na Educação, como prevê a Constituição? Por que não convoca logo mais professores aprovados no concurso? Por que não utilizou os milhões que a gestão passada deixou de sobra?”